quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Onde pára a educação?

Neste post eu referi que para este ano eu estava com horário zero e então fui obrigada a concorrer. No entanto, em Agosto, fui repescada para a minha escola porque acabei por ter horário: mais alunos este ano na escola, muitas matrículas a nível de 10º ano, ...
 
Tenho horário completo, graças a Deus, mas algumas das turmas são difíceis. Apanhei alunos que não vêm nada habituados a trabalhar e agora já se estão a começar (sim, a começar) a aperceber que se não trabalharem, os resultados positivos não vão aparecer.
 
Uma das turmas que tenho é de 7º ano. Só para terem uma ideia do género de alunos que são digo que, dos vinte alunos que compõem a turma, dezoito, sim leram bem, dezoito são repetentes! A nível de comportamento há casos complicados.
 
Um dos alunos repetentes, um menino com 14 anos, a caminho dos quinze, e a frequentar o 7º ano, não faz absolutamente nada! Está na aula apenas para conversar e perturbar o trabalho dos colegas e o meu! No 1º dia fui com ele falar ao Diretor da escola. Já levou "recados" no caderno para dar conhecimento aos pais de como ele se portava nas aulas, já ficou de castigo durante parte dos intervalos, e não há nenhuma alteração.
 
A diretora de turma já contatou os pais, mas estes têm-se mostrado indiferentes ao que se passa com o seu educando. Uma vez a diretora de turma (DT), via telefone, disse ao pai do aluno para o colocar de castigo. O pai sugeriu ideias. Como o aluno gosta muito de andar de mota (não sei que tipo de mota é), a DT disse ao pai para lhe tirar a mota. Resposta do pai: "e depois quem é que o atura?". Não digo mais nada, penso que a frase deste pai diz (disse) tudo!
 
 
 

9 comentários:

  1. E depois ainda se queixam dos filhos que têm...
    Bj e haja paciência.

    www.viajarso.blogspot.com

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    1. Pois é Marta, os alunos são o reflexo dos que se passa em casa.

      Beijinho e obrigada.

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  2. Olá :) Obrigada pela visita!
    Vim aqui e dei de caras com este post e lembrei-me logo disto: http://oestadodaeducacao.blogspot.pt/2011/04/bonecos-de-palavra_26.html
    é que é mesmo assim!

    Beijinhos e boa sorte*

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  3. Hoje em dia os miúdos naão têm respeito pelos mais velhos, alias por ninguém. Pensam que são 'os super-herois'....e na verdade, não! Eu vejo lá na minha escola. Ando no 12º ano e os putos do 7ºano...meu deus! São os maiores e metem-se conosco (mais velhos) sem medo nenhum. Eu na altura que andava no 7ºano tinha medo dos mais velhos, não era medo vá. Respeito. Hoje ja não há nada disso!

    Beijinhos,
    AF

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  4. Eu sempre tive esta opinião: Quando a educação não surge de casa e desde bébés, não há nada a fazer!
    Só me resta desejar-te um resto de ano bom!
    Se conseguirem melhorar a personalidade dessas crianças, excelente, mas não vai ser fácil! :/

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    1. Sim Xs, é isso mesmo: a educação vem de casa. Mas, infelizmente, neste e em muitos casos, parece que ela não existe.

      Beijinho e obrigada, vamos ver como correm as coisas. Mas a minha paciência está a esgotar-se.

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  5. Quem é que o atura ? Afinal quem é o pai infelizmente maior parte dos comportamentos são revelantes do ambiente de casa,nos dias de hoje tens um emprego díficil,bjinhos

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    1. Tal e qual Sandra: os miúdos refletem toda a educação que recebem em casa. Quando os pais não fazem nada deles e nem se preocupam, é caso de ficarmos a pensar no que as famílias se estão a tornar.

      Beijinhos e obrigada.

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  6. Minha querida, não te invejo a sorte...educar os filhos dos "outros" não é tarefa fácil, sobretudo quando, principalmente os pais, precisam mais de ser educados do que os filhos...

    Partilho a opinião expressa nos comentários acima: quando em casa não há educação...tudo se torna mais complicado.

    Tenho alguns amigos/as professores e, tenho um respeito e enorme admiração por eles e pela classe, como sempre tive, mesmo enquanto aluna. No meu tempo olhava para os professores como "os meus heróis", aqueles a quem eu devia ouvir, respeitar, obedecer e seguir o exemplo...no meu tempo não havia computadores, PSP's ou mesmo telemóveis, não havia dinheiro mas os nossos pais formavam-nos para a vida, davam-nos educação e ensinavam-nos a respeitar o próximo...hoje em dia abunda a "pobreza de espírito", a pior das pobrezas...

    Beijinho e Boa Sorte :),

    http://la-coquetterie.blogspot.pt/

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